sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Presidente da Republica afirma. Estão a ser adotadas medidas de combate à crise internacional que atingiu país



O Presidente José Eduardo dos Santos destacou no dia 12.01.12 em Luanda que estão a ser adotadas medidas que evitem soluções que afetem os angolanos, face à crise internacional que também atingiu o país.

"Em Angola, atingida também por essa crise internacional, temos estado a tomar as medidas que julgamos mais pertinentes para evitar soluções que afetem o povo trabalhador" e para não excluir ninguém do que classificou como "processo de mudança e de transformação económica e social do país".

O chefe de Estado, que intervinha na cerimónia de apresentação de cumprimentos de Ano Novo pelo Corpo Diplomático, destacou, nesse sentido, que Angola "não receou assumir a economia de mercado. Não tivemos receio de assumir a economia de mercado, ou mais claramente o capitalismo articulado com uma adequada política de justiça social, quando tal via se mostrou necessária para resolver os nossos problemas nesta etapa histórica do desenvolvimento social de Angola", afirmou.

De entre as medidas adotadas, José Eduardo dos Santos destacou a "negociação", o "diálogo social" e a "busca de consenso mais alargado possível", que considerou serem a "trave mestra" do desenvolvimento social.

Como exemplo do efeito dessas medidas, José Eduardo dos Santos citou o Programa de Investimento Público (PIP), que disse ter triplicado em quatro anos, com a diminuição dos índices de pobreza e o aumento do emprego.

"Os índices de desenvolvimento estão a melhorar, o Produto Interno Bruto 'per capita' subiu do equivalente em dólares a 3.800 em 2005 para 8.300 em 2009", destacou.

Noutra parte da sua intervenção, José Eduardo dos Santos considerou que o mundo enfrenta atualmente "ameaças e riscos" em todos os continentes, em que da religião à política ou dos interesses económicos aos interesses militares e estratégicos "está a ser difícil construir valores comuns e normas de tolerância que façam coabitar pacificamente as diversas civilizações humanas em harmonia global".

"O fundamentalismo religioso e o radicalismo de esquerda ou de direita são a origem da maior parte dos conflitos e tensões que ocorrem no domínio político entre nações ou no interior dos Estados", apontou.

Contra os extremismos, José Eduardo dos Santos propõe as "linhas de força" geradas pelo "pensamento político de centro-direita e de centro-esquerda e as correntes moderadas das confissões religiosas".

"Há ainda, no entanto, um grande caminho a percorrer para se construir a confiança global em todas as nações pelo diálogo, sem que nenhuma tenha receio de ser humilhada ou subalternizada por outra", considerou.

Antes de José Eduardo dos Santos, interveio o Decano do Corpo Diplomático em Luanda, o embaixador de Portugal, Francisco Ribeiro Telles.

Na sua exposição, o diplomata português considerou que o povo angolano "tem dado provas de uma extraordinária capacidade de adaptação e resistência às adversidades".

Referindo-se às eleições gerais a realizar em setembro próximo em Angola, Ribeiro Telles disse que o escrutínio constitui "uma etapa determinante para a afirmação e maturidade das instituições democráticas angolanas".

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